terça-feira, 29 de julho de 2014

O discipulado cristão (vi)

V — A glória do discipulado

1. A glória da identificação com o Senhor da glória.

a) Na Sua cruz. Há glória indizível na cruz, onde Ele glorificou a Deus, efetuando a nossa redenção. Quando, ao vislumbrar a angústia da cruz, Ele disse ao Pai: “Glorifica o Teu Nome”, a resposta do céu foi: “Eu já O glorifiquei, e ainda O glorificarei” (Jo 12:28). Podemos gloriar-nos somente na Sua cruz (Gl 6:14).

b) No Seu Nome. Que glória incomparável, inexcedível há no Seu bendito Nome! É o Nome “que está acima de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro” (Ef 1:21; Fil. 2:9). É o Nome do Senhor, do Redentor, do Mestre, do misericordioso e fiel Sumo Sacerdote. Que Nome glorioso!

c) No Seu serviço. É maravilhoso estar envolvido no serviço do Mestre, cientes de que para tal fomos por Ele chamados. Transformando-nos em novas criaturas, Ele nos faz Seus embaixadores no glorioso ministério da reconciliação (II Co 5:17-21).

2. A glória das Suas provisões.

a) A Sua presença. Ele promete estar conosco sempre, como um sacerdote misericordioso, fiel e cheio de compaixão por nós. “Ele pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). Ele nos assegura a lealdade e a constância da Sua companhia: “Estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt. 28:20). “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5).

b) O Seu amor. Foi pelo amor que Ele Se entregou na cruz para salvar-nos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15:13). E é pelo amor que ministra ininterruptamente a nosso favor em gloriosa intercessão perante o trono da graça (Hb 4:14-16; 9:24).

c) O Seu poder. Temos o Seu glorioso socorro nas tentações. Ele pode socorrer-nos (Hb 2:18) nas aflições (II Co 12:9) e em toda e qualquer circunstância em nossas vidas (Fil. 4:12-13). Que glória poder partilhar de tal poder!

3. A glória da expectativa das bênçãos da Sua vinda.

a) O glorioso e feliz encontro com o Mestre. Ele virá, com certeza, e o Seu discípulo tem sumo regozijo em aguardar “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus” (Tito 2:13). Que encontro maravilhoso, indescritível será aquele! Não é uma gloriosa expectativa?

b) A certeza de uma gloriosa transformação. Naquele dia este “corpo de humilhação será igual ao corpo da sua glória…” (Fil. 3:21) e nós “seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-Lo como Ele é” (I Jo 3:2). Todos seremos transformados, “num momento, num abrir e fechar de olhos” e seremos revestidos de imortalidade e incorruptibilidade. E o discípulo verdadeiro já pode viver no antegozo daquela estupenda consumação. Não é, também, uma gloriosa expectativa?

c) A glória da união eterna com o Mestre. Agora, o discípulo anda por fé, não pelo que vê (II Co 5:7), mas então, a fé será substituída pela visão. Então será cumprida a Sua promessa aos discípulos: “Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (Jo 14.3).

Pois o cumprimento dessa expectativa será a culminância do discipulado! Glória a Deus! Podemos ser pressionados por toda sorte de sofrimentos e humilhações, ou, talvez, até a morte por sermos fiéis ao discipulado em nossa peregrinação aqui. Mas as eternas compensações são infinitamente maiores!

Que o Senhor nos abençoe e nos faça compreender o que é o discipulado e como podemos ser discípulos fiéis e leais. Amém!

L. Soares

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