terça-feira, 29 de julho de 2014

O Partir do Pão

O texto abaixo, adaptado de um livro em inglês, descreve uma reunião para o Partir do Pão, a celebração da Ceia. Reuniões como esta acontecem todo primeiro dia da semana em milhares de locais diferentes no mundo. Esta descrição, é claro, não pretende ser um guia para a celebração da Ceia, mas poderá ser útil para alguns que nunca viram esta reunião celebrada na simplicidade com a qual a Palavra de Deus a apresenta. Cada detalhe mencionado deve ser comparado com as Escrituras.


O salão é confortável, mas não há qualquer sinal de que algum ritual religioso será realizado. Não há altar, e os bancos não estão dispostos como se alguém fosse entregar um sermão para a congregação, mas na forma de um círculo, tendo ao meio uma mesa simples em que se encontram um pequeno prato com um pão, e um cálice contendo vinho. Ao fundo do salão há alguns bancos separados do círculo, onde algumas pessoas podem observar a reunião. Logo na entrada do círculo esta colocada uma pequena caixa onde aqueles que estão assentados no círculo colocam uma oferta ao entrarem.

Faltam alguns minutos para o início da reunião, e a pequena congregação está sentada em silêncio. Alguns estão de cabeça baixa, aparentemente orando, outros estão lendo suas Bíblias ou folheando um hinário. Na hora marcada para o início da reunião, um homem no meio da congregação se levanta e anuncia um hino. Sem qualquer acompanhamento musical, a congregação canta com evidente devoção. Após um breve silêncio, outro irmão levanta e dirige-se a Deus em oração. Ele não apresenta pedidos, não suplica por nada; sua oração é totalmente ocupada com agradecimento e louvor, engrandecendo e exaltando a Pessoa do Senhor Jesus Cristo, e agradecendo a Deus pelo Seu dom inefável, Seu Filho unigênito.

Durante o decorrer da reunião, vários irmãos seguem o exemplo do primeiro, e dirigem seu louvor e gratidão a Deus pelo Senhor Jesus Cristo. Alguns hinos, cuja letra concorda plenamente com aquilo que está sendo dito em oração, também são cantados. Um ou outro irmão também levantam e leem algum trecho da Palavra de Deus relacionado com a vida e morte do Senhor Jesus Cristo. A congregação participa com sinceridade ao cantar, e manifesta sua participação nas orações com um “Amém” discreto ao final de cada oração.

Ninguém foi à frente, destacando-se dos demais; cada irmão que orou, ou que escolheu um hino, ficou na posição em que estava sentado. Não há um dirigente, nenhuma programação foi anunciada, mas cada membro da congregação parece saber exatamente qual o seu papel. As irmãs, todas elas, não dirigem a congregação em oração e nem escolhem hinos, mas cantam alegremente com a congregação, e estão compenetradas nas orações. Os irmãos que participam seguem um mesmo tema, todos eles falando do valor da Pessoa e da obra de Cristo lá no Calvário, meditando nos Seus sofrimentos e agonia, destacando as Suas virtudes. Todos os hinos escolhidos também preocupam-se com este tema. Qualquer pessoa espiritual que observa a reunião perceberá claramente que o Espírito Santo está dirigindo cada um na sua participação.

A certa altura na reunião, um irmão se levanta e ora a Deus, de uma forma simples, porém reverente, dando graças pelo pão que está sobre a mesa, lembrando que este pão é um símbolo do corpo no qual o Senhor Jesus sofreu na cruz do Calvário. Um irmão então se dirige à mesa, parte o pão, e entrega-o a um dos membros que estão sentados no círculo. Cada um então participa deste pão, comendo uma pequena parte dele e passando o pão para a pessoa ao seu lado, até que todos tenham participado. O pão então é devolvido ao seu lugar na mesa.

Logo em seguida, um irmão agradece pelo cálice, da mesma forma que foi dado graças pelo pão, lembrando que este cálice é um símbolo do sangue precioso do Senhor Jesus. O cálice também passa de mão em mão, cada um bebendo do mesmo cálice e passando-o ao seu vizinho. Depois que todos participaram, o cálice é devolvido à mesa.

Depois de mais um hino, um irmão se levanta e lê uma passagem das Escrituras, e procura fazer uma aplicação daquela passagem à situação dos ouvintes. Depois, um hino é cantado e um irmão encerra a reunião com oração.

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