terça-feira, 29 de julho de 2014

Perguntando e aprendendo

Pergunta: Conforme Mateus 12:43-45 e II Pe 2:20-22, qual o real estado daquele que já confessou a Cristo como Salvador e depois cai em pecado?


Os dois trechos falam de uma transformação superficial, não do novo nascimento.

O homem que se viu livre do espírito imundo limpou sua casa (seu coração), mas não a encheu. É como alguém que, ouvindo a verdade, experimentou alguma mudança na sua vida (deixou os vícios, etc.), mas nunca foi salvo. Quando o espírito resolve voltar para aquele homem, ele diz: “Voltarei para a minha casa”; um coração vazio, onde Cristo não habitava.

Em II Pedro, lemos de homens que escaparam das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor Jesus — ouvindo o Evangelho, interessaram-se e reformaram sua vida. Deixaram de andar com o mundo, mas sua natureza continuava natureza de cão e de porco — não haviam sido transformados por Deus.

Salvação não é uma reforma exterior que o ser humano pode fazer; é uma transformação que só Deus pode efetuar, um novo nascimento (veja Jo 3:1-7). Quando o pecador crê, ele é feito nova criatura (II Co 5:17). Já não é mais escravo do pecado, agora é filho de Deus. Ele pode tropeçar e pecar, mas isto afeta sua comunhão, não sua salvação. Já que ninguém pode tirar uma ovelha da mão do Senhor Jesus (Jo 10:28), todo salvo que pertence ao Senhor será arrebatado quando Ele vier (I Co 15:23).

Quem apenas faz uma profissão de fé, sem nascer de novo, pode até mostrar uma mudança externa na sua vida, mas permanece um escravo do pecado. Mas quem nasce de novo pode até tropeçar e pecar, mas permanece um filho de Deus.

Pergunta: Gostaria de uma explicação sobre a relação do véu de II Co 3:12-18 com o véu de I Co 11:2-16, pois alguém disse que o véu foi abolido hoje em dia.
O véu de II Coríntios 3 não tem nenhuma relação com o véu de I Coríntios 11.

Em I Co 3:13, lemos de um véu sobre o rosto de Moisés, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Isto era uma figura de um véu espiritual sobre o coração dos judeus incrédulos (que impedia que eles entendessem a verdade), e este é o véu que é tirado. Quando o judeu incrédulo se converte, o véu que está sobre o seu coração é tirado, isto é, ele pode entender as maravilhas do Evangelho.

Em contraste, I Co 11 fala de um véu literal, não figurativo. Este véu permanece, pois é um sinal de uma ordem que ainda permanece (I Co 11:3), enquanto que o véu de II Co 3 foi tirado porque simbolizava algo que foi abolido (II Co 3:14). Este véu é colocado sobre a cabeça, aquele sobre o coração. Este é uma ordem apenas para as mulheres cristãs nas reuniões da igreja, aquele é a condição espiritual de todo judeu incrédulo.

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